
Um dos grandes problemas que existiam nas décadas de 80 e 90 nas plataformas de Petróleo com relação a segurança, eram os acidentes ocorridos durante a operação de guindastes. Atualmente estão mitigados em sua maioria, mas é sempre um tópico de grande relevância em Comitês Técnicos e de Segurança do Trabalho.
Após estudo realizado pela Engeman foi constatado que grande parte dos acidentes eram provenientes de choque da carga suspensa em outras estruturas da plataforma, e para nossa surpresa, eram ocorridos não só em condições de mau tempo, ocorria também nos dias em que as condições com relação à altura da onda, ventos e demais efeitos dinâmicos eram favoráveis a operação.
Após analise chegamos à conclusão que os acidentes eram provocados pela operação devido a folga existente entre os mancais de união da lança e do chassi do guindaste.
Esta folga era percebida no momento que o operador girava o guindaste e cessava o movimento utilizando o freio do giro. Após cessar o movimento a folga existente entre os mancais projetadas em um comprimento de 30 a 60 metros (comprimento médio das lanças) dava uma grande aumento no raio de giro dando total instabilidade na operação, ocasionando choque da cargas suspensa em outras cargas, ou seja o operador cessava o movimento e o guindaste continuava girando.
A solução até então era de desmontar todo guindaste e enviar o chassi para ser recuperado na fábrica em terra gerando assim uma logística de alto custo financeiro e de tempo que normalmente era de 90 dias, entre desmontar , recuperar e montar a bordo da plataforma. Em algumas plataformas a desmontagem tinha que ser realizada por uma balsa, aumentando ainda mais os custos.
O guindaste parado por 90 dias causaria um grande prejuízo a Plataforma, pois ele é indiretamente parte integrante do sistema de produção, já que todo recursos é colocado à bordo através dele.
A Engeman sempre visando suprir as dificuldades dos seus clientes, desenvolveu um dispositivo denominado de “Micro Mandrilhadora” de forma a ser possível executar este trabalho na própria Plataforma sem ter que desmontar todo equipamento gerando assim um benefício de alta redução de custo e tempo, além de proporcionar uma maior segurança nas operações e redução de acidentes.
Este equipamento pioneiro realiza usinagem à bordo da Plataforma em apenas 5 dias, eliminando as folgas, mantendo as condições dimensionais do projeto original sem a necessidade de desmontar o Guindaste ou utilizar outro de apoio, reduzindo assim extremamente os custos e transtornos.
Nestes quase quarenta anos de atividades, realizamos este tipo de intervenção em diversos Guindastes na Bacia Potiguar, Bacia Campos e Santos.